8 de fevereiro de 2011

Você mora em mim.

Ele mora em mim. E dorme. De vez em quando desperta, com um pedaço de memória caído no chão, mas logo volta a dormir. Ele mora em mim e às vezes se mexe, procurando uma posição mais confortável. Eu tento não fazer muito barulho. Confesso que, por alguns instantes, quase sem querer, vejo um pedaço do seu rosto ou do seu corpo. E me lembro do quanto é bonito. Ele mora em mim e às vezes fala com a minha voz, sonha com meus sonhos, ri com o meu riso, se move com minhas pernas, abraça com meus braços. Ele mora em mim e ama com o meu coração. Ele e o amor que sinto por ele se misturam na cama macia que existe dentro de mim. São um só, pernas entrelaçadas, num sono de colherzinha. Ele morando em mim, me faz melhor. Olho para mim, vejo o meu amor e vejo a mim mesma. Eu me lembro de mim. Lembro da felicidade a dois, da nobreza do amor que construímos. Altruísta, leve, generoso, amor que se faz feliz ao ver o outro feliz. Ele mora em mim e me faz mais forte. Nunca, em toda a minha vida, tive tanta coragem. Nunca fiz tanto ao mesmo tempo. (Cristiana Guerra)
Você mora em mim. Não sei mudar isso. Você tem seu lugar aqui.


Jantei sozinha as 22 horas hoje. Não é muito agradável numa noite chuvosa e depois de uma briga.
Eu fico lembrando das nossas brigas. Quais? As que quase não existiram?
Foram os quase-4-anos mais leves da minha vida.
Eu poderia fazer uma lista de pequenas mancadas cometidas por você, mas que me chatearam muito.

  • Mancada #1 - Pequenas mentiras irrelevantes. - Ex. mentir sobre ter ido pra boate com seus amigos, mentir sobre as pessoas que frequentavam as festas na sua chácara.
  • Mancada #2 - Acreditar em fofocas absurdas. - Não necessita de um exemplo.
  • Mancada #3 - Gritar comigo. - Dentro do carro, numa noite fria de julho, indo pra algum show sertanejo. Neste dia, se você tivesse arrancado meu coração com uma navalha, jogado alcool e ateado fogo juro que doeria menos. Dói ainda. 
  • Mancada #4 - Não ter sido capaz de acreditar no meu sonho.
João, você não faz idéia do tipo de pessoa que eu me tornei: FRIA. Eu desejo todo dia ter de volta a capacidade de amar, de fazer carinho, de saber gostar. Mas existe um medo tão grande em mim que me bloqueia. Eu não quero ter de novo meu coração partido. Não desta forma que você partiu. Até hoje não está cicatrizado. E dói.

Em você dói? Tem tanta coisa que eu queria poder te perguntar. Queria que você pudesse me entender. 
Eu fico fantasiando que você é capaz de entender a profundidade das coisas que eu escrevo. Quando na realidade minha razão me diz que você nem leria. Caso lesse, não ficaria feliz. Acharia que eu estou pedindo pra você voltar. 

Engano seu. Eu não preciso pedir para que você volte pra mim. Se for pra esse amor continuar, você irá voltar. Eu irei voltar. A gente se encontrará. 
Tenho a esperança de que um dia a gente se entenda novamente, mas não posso viver com essa esperança pulando na minha frente. 
 Talvez você não tenha entendido: Eu não tô sofrendo. Eu tô ótima, como nunca antes. Mas sempre a "falta" me acompanha. Essa falta de você, João. Entende? Convivo bem com isso. Mas falta. Alguns dias falta mais. Outros falta menos. Mas sempre falta.

Falta pra você também, João? 

P.s.: Tô exausta de lutar contra homens que tentam pegar seu lugar. Não me deixa desistir de você, tá?

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